Buscando...

Apoteose da inspiração



Uma ânsia que me (me?) consome por dentro. Uma vontade repentina de um não saber e de um não fazer (não fazer?). Pensamentos aleatórios que você (você? eu?) nunca imaginaria que pudesse se transformar no que você (você? eu?) está sentindo. Não, não é sentir. É mais que sentir. É viver. Viver? Não, claro que não. De onde veio? Para onde vai? O que fazer? Não se sabe. Sequer se sabe se é. Se ser é ser. Tormenta mental na janela, enquanto o mundo passa. Rebuliço constante ao caminhar. Você (você? eu?) está vulnerável o tempo todo. É atacado. Somos atacados o tempo todo. Você é capaz de ver? Ser? Viver. Não, não viver. É claro que não. Quem raios falou em viver? Mas que confuso. Onde encaixo? Por dentro, talvez deva. Mas quem sabe se o é? Saber? Nasce a necessidade de escrever. Escrever o quê? Não se sabe o que se sente. Sentir? Não, viver. Viver? Não, é claro que não. Acho que você (você?) devia colocar em papel antes que tudo escorra pelos vincos do seu (meu? seu?) cérebro e tudo se perca num fugaz momento de inspiração. Tudo vai se perder porque você (você? eu?) não tem papel ao alcance das mãos. Tudo bem, mas onde o teria? O coração bate acelerado. Tudo vai ruir na próxima esquina. Você (você? eu?) não tem papel. Acabou-se. Já foi. Você (você? eu?) acaba de perder um fiapo de inspiração que poderia ser (viver!) transformado em um belo escrito.

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